Oi pessoal! Estou encarando um problema sério aqui no Canadá. Uma coisa que eu jamais pensei que iria encarar na vida. O Canadá é um péssimo lugar pra quem gosta de dinheiro! Hehehe...
O problema é o seguinte: aqui se tu ficas além do teu horário tu ganhas para isto. Se tu trabalhas no feriado, ainda que por turnos, tu ganhas pra isto. Se tu ficaste depois do horário e não ganhaste pra isto eles vão te deixar sair mais cedo na sexta-feira. Pior, se tu trabalhaste um final de semana a pedido do chefe ele vai te dar um dia de folga!!! A minha me deu até flores.
Pois é, se tu gostas de dinheiro e não te importas de trabalhar pra conseguir, o problema está criado. Acabas fazendo como eu, trabalhando até umas 14 horas por dia... Claro que acho que isto vai ser só até a gente se estabilizar, depois que estiver tudo certo talvez queira passar mais tempo à toa, mas por enquanto VAMOS BILLAR!!!
Beijinhos.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Voltando só um pouquinho no assunto
Oi gente! Parece um saco, né, mas sempre que temos alguma pendência dessa natureza ficamos recorrendo aos mesmos papos e argumentos para de alguma forma exorcizar o fantasma que nos acompanha. Pois bem.
Como a maioria dos meus sabe, sou um apaixonado por cinema e em Vancouver de vez em quando a gente esbarra em algumas produções. Claro que não deve chegar nem perto do que acontece em outros lugares como Nova Iorque, Toronto, Los Angeles, mas existe sim um grande mercado pra essas coisas em Vancouver.
Uma das minhas formas de espantar o assunto do emprego é participar em algumas dessas empreitas. Dia desses mesmo passei um domingo em uma filmagem de um videoclipe de uma banda daqui da região chamada Crop Circle (http://www.cropcircle.ca). É o primeiro vídeo deles e estavam todos super empolgados com toda a parafernália - a música se chama "Recent Stranger" e está no site pra baixar de graça. Eu também estava "excited", posso dizer! Nunca tinha visto a coisa funcionando tão de perto daquele jeito, com diretor gritando "corta!", "vai!", assistente perguntando se "foi bom" e etc. Além de ter ajudado como "Assistente de Produção", popularmente conhecido aqui como "PA", ainda empurrei com o "dolly", aquele carrinho onde o e a câmera ficam deslizando sobre trilhos. Nada mal pra uma primeira vez.
Claro que também não poderia deixar de bater umas fotos, né? Sei que alguns me acham chato pra dedéu com a minha "filha", mas fazer o quê? Gosto mesmo de foto e vou continuar com os flashes na cara de vocês, pegando todo mundo com a boca aberta e o olho fechado! Hehehehehehe...
Acidente no set: o painel refletor resolveu aceitar a proposta da ventania! E olha que aqueles tripés são pesados pra car****:
Expectativa...
Ajustando o cenário para a próxima seqüência:
Preparando pra sair com o "dolly"...
No meio da ação - foi esse carrinho que eu manejei até a chegada do "empurrador de dolly" oficial:
Próxima!!!
Crop Circle em ação:
Solaço na moleira... 'Tava forte!!! Pra terem uma idéia, pra filmar 5-6 segundos, aquele carrinho passa ali na frente uma 1/2 dúzia de vezes em média:
Falando em Sol, descolei um bonezinho (do tamanho do cabeção!!! YES!!!) pra insolação não baixar:
Essa estrada que não leva a lugar algum... Mas esse milharal à esquerda é digno de qualquer filme baseado em obra do Stephen King!!! :-)
Quando o vídeo ficar pronto eu coloco um atalho pra ele, OK?
Aliás, nesse fim de semana vou participar de um curta chamado "Howard and Betty". É um "thriller" sobre um cara que tem uma vida aparentemente muito normal, mas então... Depois conto mais!
Abraços!
Como a maioria dos meus sabe, sou um apaixonado por cinema e em Vancouver de vez em quando a gente esbarra em algumas produções. Claro que não deve chegar nem perto do que acontece em outros lugares como Nova Iorque, Toronto, Los Angeles, mas existe sim um grande mercado pra essas coisas em Vancouver.
Uma das minhas formas de espantar o assunto do emprego é participar em algumas dessas empreitas. Dia desses mesmo passei um domingo em uma filmagem de um videoclipe de uma banda daqui da região chamada Crop Circle (http://www.cropcircle.ca). É o primeiro vídeo deles e estavam todos super empolgados com toda a parafernália - a música se chama "Recent Stranger" e está no site pra baixar de graça. Eu também estava "excited", posso dizer! Nunca tinha visto a coisa funcionando tão de perto daquele jeito, com diretor gritando "corta!", "vai!", assistente perguntando se "foi bom" e etc. Além de ter ajudado como "Assistente de Produção", popularmente conhecido aqui como "PA", ainda empurrei com o "dolly", aquele carrinho onde o e a câmera ficam deslizando sobre trilhos. Nada mal pra uma primeira vez.
Claro que também não poderia deixar de bater umas fotos, né? Sei que alguns me acham chato pra dedéu com a minha "filha", mas fazer o quê? Gosto mesmo de foto e vou continuar com os flashes na cara de vocês, pegando todo mundo com a boca aberta e o olho fechado! Hehehehehehe...
Acidente no set: o painel refletor resolveu aceitar a proposta da ventania! E olha que aqueles tripés são pesados pra car****:
Expectativa...
Ajustando o cenário para a próxima seqüência:
Preparando pra sair com o "dolly"...
No meio da ação - foi esse carrinho que eu manejei até a chegada do "empurrador de dolly" oficial:
Próxima!!!
Crop Circle em ação:
Solaço na moleira... 'Tava forte!!! Pra terem uma idéia, pra filmar 5-6 segundos, aquele carrinho passa ali na frente uma 1/2 dúzia de vezes em média:
Falando em Sol, descolei um bonezinho (do tamanho do cabeção!!! YES!!!) pra insolação não baixar:
Essa estrada que não leva a lugar algum... Mas esse milharal à esquerda é digno de qualquer filme baseado em obra do Stephen King!!! :-)
Quando o vídeo ficar pronto eu coloco um atalho pra ele, OK?
Aliás, nesse fim de semana vou participar de um curta chamado "Howard and Betty". É um "thriller" sobre um cara que tem uma vida aparentemente muito normal, mas então... Depois conto mais!
Abraços!
domingo, 19 de agosto de 2007
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
A busca pelo emprego
Oi pessoal! Depois de muito tempo enrolando, eis-me aqui mais uma vez. Pra também não dizer que só falo de amenidades, vou mandar um papo "sério" aqui no blog: a tal da busca pelo emprego!
Como vocês já devem ter lido anteriormente, graças a Deus a Sílvia já 'tá mais do que encaminhada; batalhou muito forte pra conseguir a vaga que era dela. Que coisa mais boa, viu! E ainda pra completar ela continua lá no cinema. Essa é a minha patroa! Hehehehehe...
As coisas não estão ruins não, viu gente; claro que poderiam estar muito melhores se eu também já tivesse onde amarrar meu burro na sombra. Não 'tá faltando dinheiro e nem disposição, não se preocupem. Aliás, arrumei uma boquinha também de meio período no Porto de Vancouver. Claro que não é o emprego dos sonhos, mas dá pra livrar pelo menos o nosso aluguel pra temporada, o que não é de todo mal. E ainda sobra tempo pra procurar o emprego "de verdade", digamos assim. Sem contar que é uma excelente oportunidade de conhecer gente nova e deixar o inglês zunindo na cabeça o dia inteiro.
Mas como assim, eu ainda não estou trabalhando?!? Vou começar do começo: ainda lá em Fevereiro fui contactado por um cara de Toronto; esse mesmo cara eu já tinha contactado no fim de 2003 pra saber a respeito de emprego aqui no Canadá e pra tentar uma vaga já.
Fiz 2 entrevistas ainda no Brasil por telefone mesmo; cheguei aqui todo empolgado e mandei outras 3 entrevistas (isso mesmo!!!) pra essa mesma vaga. Aí veio Abril, Maio, Junho e nada de resposta... Como meu irmão me disse uma vez (oi maninho!!!), acho que eu 'tava confiante demais que essa era minha e acabei não procurando mais nada. Fiquei nesse "atoleiro" e ainda nada de resposta.
Pra não dizer que fui de todo ingênuo (ou mané mesmo, como queira), arrumei umas outras 2 entrevistas enquanto isso em uma outra empresa. Essas ainda estão rendendo alguma coisa, já volto aí.
Então, passado o período de descoberta que a ficha deveria ter caído, resolvi me mexer. Manda currículo aqui, manda currículo de lá... Acabei em um curso de 3 semanas para adaptação à busca por emprego aqui no Canadá - que aliás recomendo que todos os recém-chegados façam logo na semana que chegarem porque é muito bom, não façam que nem o "senhor confiante" aqui! Hehehehehe...
O curso se chama Landell e é um dos mais bem referenciados da cidade; conheci uma turma de gente muito boa de serviço na mesma situação, a maioria imigrante. Tinha canadense também, isso não é só problema de forasteiro não, podem ter certeza.
Lá se aprende os melindres de como se fazer um "resume" nos padrões canadenses (se é que existe algum), uma boa "cover letter", entrevista, roteiros para "cold calls", etc. Vamos por partes:
Resume: falei do padrão, mas o que existem na verdade são opiniões a respeito do que se deve e do que não se deve incluir em um currículo; teve dias que os facilitadores do Landell deixavam a gente meio maluco, porque um dizia que "esse é o melhor jeito" e aí vinha o outro e perguntava "quem é que tinha colocado aquilo ali!" Hehehehehehe... No final das contas sai um CV bem bonitinho.
Cover Letter: no Brasil é o que poderia se chamar de "Carta de Apresentação" e consiste em um resumo das suas intenções na tal empresa que você está mandando a carta. Coisa da cultura deles! Se você está se inscrevendo para uma vaga sem conhecer ninguém, a tal da carta é indispensável; lá mesmo no Landell foi uma palestrante que trabalha no RH de uma empresa grande daqui e ela disse com todas as letras que raramente lê uma "cover letter!" Hehehehehe... Na dúvida tem que mandar, é a regra!
Entrevista: o legal é que eles filmam você respondendo aquelas questões sacais que em todo manual de entrevista tem: "me fale um pouco sobre você", "me conte sobre a sua maior conquista", "me fale de uma situação X em que você teve que aplicar Y", etc. É meio bizarro se ver no vídeo falando um monte de abobrinhas e coisas meio decoradas. Mas vou dizer pra vocês que é muito mais fácil a entrevista em si do que ficar ali na frente da câmera. Uma boa preparação, resumindo.
Cold Calls: reza a lenda que 85% das vagas não são nem publicadas em lugar algum. O que são essas tais "cold calls"? Uma tentativa de achar alguém na empresa que possa te dar uma dica do que acontece com essas possíveis vagas não publicadas! Fui testemunha de que o troço funciona, viu!!! O difícil é só você driblar a recepcionista e chegar até alguém da sua área. Na melhor das situações e dependendo da veia que você pega o cara do outro lado, você fica sabendo sim de coisas que ainda não vieram a público; no pior dos casos você consegue um nome pra poder aporrinhar de vez em quando! Hehehehehe...
Seguindo a linha das "cold calls", o "networking" é uma coisa que a gente sabe que funciona bem no Brasil. É muito, mas muito mais fácil você entrar em uma empresa por alguma indicação que pelas vias "normais", aquelas onde você acha a vaga e manda a papelada. Se funciona no Brasil, isso no Canadá é praticamente 100%! Pode confiar! A diferença é que aqui você só precisa conhecer alguém; no Brasil você precisa sim conhecer alguém, mas esse alguém tem que ter uma certa influência sobre quem decide esse tipo de assunto. Então entra aí a "cold call": você consegue o nome do gerente da sua área na empresa e ele bate um papão contigo e te conta que precisam exatamente do seu perfil. Parece sacanagem mas acontece!
Eles lidam muito com a praticidade nesses casos... Imaginem vocês publicando uma vaga em um jornal; pra começar esse anúncio, dependendo do tamanho vai custar uma nota preta! Bem, publicada a vaga, lá vem a avalanche de currículos que o RH vai ter que lidar. Digamos que sejam uns 200. Vocês acham mesmo que alguém vai ter saco suficiente pra ler esse monte de coisa? Não seria então muito melhor e mais econômico se o Fulano de Tal apresentar o Cicrano pra vaga? Também não 'tô dizendo que o tal do anúncio não funcione, mas que sai caro, isso sai!
Nesse meio tempo já fiz mais 2 entrevistas pra tal da outra empresa (falei que iria voltar no assunto). Só que acabei esbarrando em um outro fator: é Verão no Canadá e é geralmente nessa época que o povo sai de férias... Ou seja: marasmo nas empresas! Me f**i! Hehehehehe... A coisa só começa a pegar fogo (espero!!!) agora em Setembro de novo.
Vou dizer pra vocês que o que 'tá pegando mais é que não estou trabalhando mesmo praticamente desde Novembro! Na última empresa que eu estava, ficamos um bom período sem trabalho porque aconteceram algumas mudanças no projeto em que minha equipe estava... Resultado em matemática simples, estou a quase 10 meses sem botar a mão na massa, sem ver sangue derramando, sabe. Isso é o que 'tá me deixando mais frustrado nesse instante.
Espero que esse período passe rápido e que eu comece a dar risada dele logo logo. Como dizem por aqui: "looking for a job is a full time job"! É muito mais complicado que o emprego em si. É também um exercício de humildade, de resignação e de manter a atitude sempre positiva. Tem que ficar firmão pra se manter na linha.
Aliás, se souberem de alguma coisa na área de Vancouver pra um desenvolvedor Oracle com muita experiência em Oracle Applications, não sejam tímidos e me passem o contato. Hehehehehehe... Credo! Eu não escrevo, mas quando resolvo também só vocês pra agüentarem um post desse tamanho.
Abraços a todos!
Como vocês já devem ter lido anteriormente, graças a Deus a Sílvia já 'tá mais do que encaminhada; batalhou muito forte pra conseguir a vaga que era dela. Que coisa mais boa, viu! E ainda pra completar ela continua lá no cinema. Essa é a minha patroa! Hehehehehe...
As coisas não estão ruins não, viu gente; claro que poderiam estar muito melhores se eu também já tivesse onde amarrar meu burro na sombra. Não 'tá faltando dinheiro e nem disposição, não se preocupem. Aliás, arrumei uma boquinha também de meio período no Porto de Vancouver. Claro que não é o emprego dos sonhos, mas dá pra livrar pelo menos o nosso aluguel pra temporada, o que não é de todo mal. E ainda sobra tempo pra procurar o emprego "de verdade", digamos assim. Sem contar que é uma excelente oportunidade de conhecer gente nova e deixar o inglês zunindo na cabeça o dia inteiro.
Mas como assim, eu ainda não estou trabalhando?!? Vou começar do começo: ainda lá em Fevereiro fui contactado por um cara de Toronto; esse mesmo cara eu já tinha contactado no fim de 2003 pra saber a respeito de emprego aqui no Canadá e pra tentar uma vaga já.
Fiz 2 entrevistas ainda no Brasil por telefone mesmo; cheguei aqui todo empolgado e mandei outras 3 entrevistas (isso mesmo!!!) pra essa mesma vaga. Aí veio Abril, Maio, Junho e nada de resposta... Como meu irmão me disse uma vez (oi maninho!!!), acho que eu 'tava confiante demais que essa era minha e acabei não procurando mais nada. Fiquei nesse "atoleiro" e ainda nada de resposta.
Pra não dizer que fui de todo ingênuo (ou mané mesmo, como queira), arrumei umas outras 2 entrevistas enquanto isso em uma outra empresa. Essas ainda estão rendendo alguma coisa, já volto aí.
Então, passado o período de descoberta que a ficha deveria ter caído, resolvi me mexer. Manda currículo aqui, manda currículo de lá... Acabei em um curso de 3 semanas para adaptação à busca por emprego aqui no Canadá - que aliás recomendo que todos os recém-chegados façam logo na semana que chegarem porque é muito bom, não façam que nem o "senhor confiante" aqui! Hehehehehe...
O curso se chama Landell e é um dos mais bem referenciados da cidade; conheci uma turma de gente muito boa de serviço na mesma situação, a maioria imigrante. Tinha canadense também, isso não é só problema de forasteiro não, podem ter certeza.
Lá se aprende os melindres de como se fazer um "resume" nos padrões canadenses (se é que existe algum), uma boa "cover letter", entrevista, roteiros para "cold calls", etc. Vamos por partes:
Resume: falei do padrão, mas o que existem na verdade são opiniões a respeito do que se deve e do que não se deve incluir em um currículo; teve dias que os facilitadores do Landell deixavam a gente meio maluco, porque um dizia que "esse é o melhor jeito" e aí vinha o outro e perguntava "quem é que tinha colocado aquilo ali!" Hehehehehehe... No final das contas sai um CV bem bonitinho.
Cover Letter: no Brasil é o que poderia se chamar de "Carta de Apresentação" e consiste em um resumo das suas intenções na tal empresa que você está mandando a carta. Coisa da cultura deles! Se você está se inscrevendo para uma vaga sem conhecer ninguém, a tal da carta é indispensável; lá mesmo no Landell foi uma palestrante que trabalha no RH de uma empresa grande daqui e ela disse com todas as letras que raramente lê uma "cover letter!" Hehehehehe... Na dúvida tem que mandar, é a regra!
Entrevista: o legal é que eles filmam você respondendo aquelas questões sacais que em todo manual de entrevista tem: "me fale um pouco sobre você", "me conte sobre a sua maior conquista", "me fale de uma situação X em que você teve que aplicar Y", etc. É meio bizarro se ver no vídeo falando um monte de abobrinhas e coisas meio decoradas. Mas vou dizer pra vocês que é muito mais fácil a entrevista em si do que ficar ali na frente da câmera. Uma boa preparação, resumindo.
Cold Calls: reza a lenda que 85% das vagas não são nem publicadas em lugar algum. O que são essas tais "cold calls"? Uma tentativa de achar alguém na empresa que possa te dar uma dica do que acontece com essas possíveis vagas não publicadas! Fui testemunha de que o troço funciona, viu!!! O difícil é só você driblar a recepcionista e chegar até alguém da sua área. Na melhor das situações e dependendo da veia que você pega o cara do outro lado, você fica sabendo sim de coisas que ainda não vieram a público; no pior dos casos você consegue um nome pra poder aporrinhar de vez em quando! Hehehehehe...
Seguindo a linha das "cold calls", o "networking" é uma coisa que a gente sabe que funciona bem no Brasil. É muito, mas muito mais fácil você entrar em uma empresa por alguma indicação que pelas vias "normais", aquelas onde você acha a vaga e manda a papelada. Se funciona no Brasil, isso no Canadá é praticamente 100%! Pode confiar! A diferença é que aqui você só precisa conhecer alguém; no Brasil você precisa sim conhecer alguém, mas esse alguém tem que ter uma certa influência sobre quem decide esse tipo de assunto. Então entra aí a "cold call": você consegue o nome do gerente da sua área na empresa e ele bate um papão contigo e te conta que precisam exatamente do seu perfil. Parece sacanagem mas acontece!
Eles lidam muito com a praticidade nesses casos... Imaginem vocês publicando uma vaga em um jornal; pra começar esse anúncio, dependendo do tamanho vai custar uma nota preta! Bem, publicada a vaga, lá vem a avalanche de currículos que o RH vai ter que lidar. Digamos que sejam uns 200. Vocês acham mesmo que alguém vai ter saco suficiente pra ler esse monte de coisa? Não seria então muito melhor e mais econômico se o Fulano de Tal apresentar o Cicrano pra vaga? Também não 'tô dizendo que o tal do anúncio não funcione, mas que sai caro, isso sai!
Nesse meio tempo já fiz mais 2 entrevistas pra tal da outra empresa (falei que iria voltar no assunto). Só que acabei esbarrando em um outro fator: é Verão no Canadá e é geralmente nessa época que o povo sai de férias... Ou seja: marasmo nas empresas! Me f**i! Hehehehehe... A coisa só começa a pegar fogo (espero!!!) agora em Setembro de novo.
Vou dizer pra vocês que o que 'tá pegando mais é que não estou trabalhando mesmo praticamente desde Novembro! Na última empresa que eu estava, ficamos um bom período sem trabalho porque aconteceram algumas mudanças no projeto em que minha equipe estava... Resultado em matemática simples, estou a quase 10 meses sem botar a mão na massa, sem ver sangue derramando, sabe. Isso é o que 'tá me deixando mais frustrado nesse instante.
Espero que esse período passe rápido e que eu comece a dar risada dele logo logo. Como dizem por aqui: "looking for a job is a full time job"! É muito mais complicado que o emprego em si. É também um exercício de humildade, de resignação e de manter a atitude sempre positiva. Tem que ficar firmão pra se manter na linha.
Aliás, se souberem de alguma coisa na área de Vancouver pra um desenvolvedor Oracle com muita experiência em Oracle Applications, não sejam tímidos e me passem o contato. Hehehehehehe... Credo! Eu não escrevo, mas quando resolvo também só vocês pra agüentarem um post desse tamanho.
Abraços a todos!
sábado, 11 de agosto de 2007
Semaninha
Engraçado né pessoal, a gente não está mais nem parecendo a gente hehehe
Uma semana sem postar!!! O meu Grudinho sem trazer nenhuma informação interessante ou curiosa sobre a nossa nova cidade... Estranho....
Mas existe uma explicação e bem plausível: estamos super ocupados GRAÇAS A DEUS!
Vai até parecer engraçado, mas desde que comecei a trabalhar parece que não existem mais novidades a serem contadas aqui, então acabo não escrevendo porque vou escrever o que se não tem nada pra falar... mas acho que não é verdade. O que realmente acontece é que como somos animais rotineiros, assim que entro em uma rotina a vida parece que se acalma e que tudo volta ao normal, sem grandes emoções.
O lado bom da rotina é que tu consegues organizar melhor o teu tempo. Como fala o dito popular: "O desocupado nunca tem tempo". Esta semana consegui trabalhar (estou muito feliz com isto e não canso de repetir, estou trabalhando), treinar minha digitação que precisa melhorar muito em inglês, fazer exercícios e freqüentar a Hot Tub do condomínio (que por sinal é tudo de bom!!!).
Coisas que foi preciso deixar de fora, acabam tomando muito tempo e tenho que melhorar a minha velocidade de execução: tarefas domésticas!!! Mas vocês sabem que se eu puder eu deixo estas por conta de outra pessoa mesmo hehehehe. Mas isto vai ser assunto do próximo post.
PS.: tentei colocar umas fotinhas pra vocês, mas como deu pau e o meu computero preferido não está em casa fica pra próxima.
Uma semana sem postar!!! O meu Grudinho sem trazer nenhuma informação interessante ou curiosa sobre a nossa nova cidade... Estranho....
Mas existe uma explicação e bem plausível: estamos super ocupados GRAÇAS A DEUS!
Vai até parecer engraçado, mas desde que comecei a trabalhar parece que não existem mais novidades a serem contadas aqui, então acabo não escrevendo porque vou escrever o que se não tem nada pra falar... mas acho que não é verdade. O que realmente acontece é que como somos animais rotineiros, assim que entro em uma rotina a vida parece que se acalma e que tudo volta ao normal, sem grandes emoções.
O lado bom da rotina é que tu consegues organizar melhor o teu tempo. Como fala o dito popular: "O desocupado nunca tem tempo". Esta semana consegui trabalhar (estou muito feliz com isto e não canso de repetir, estou trabalhando), treinar minha digitação que precisa melhorar muito em inglês, fazer exercícios e freqüentar a Hot Tub do condomínio (que por sinal é tudo de bom!!!).
Coisas que foi preciso deixar de fora, acabam tomando muito tempo e tenho que melhorar a minha velocidade de execução: tarefas domésticas!!! Mas vocês sabem que se eu puder eu deixo estas por conta de outra pessoa mesmo hehehehe. Mas isto vai ser assunto do próximo post.
PS.: tentei colocar umas fotinhas pra vocês, mas como deu pau e o meu computero preferido não está em casa fica pra próxima.
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Balanço
Olá a todos os nossos amados leitores :-)
Esta semana eu estou fazendo um post pra contar as aventuras de uma brasileira no mercado de trabalho canadense. Como todos ficaram sabendo dos posts anteriores, depois de mais de três meses de espera e procura, muitas desilusões, alguns banhos de água fria eu finalmente consegui um emprego na minha área.
Agora faz uma semana que comecei, estou super feliz e agradeço a todos os amigos (inclusive os que ainda não tivemos o prazer de nos conhecer pessoalmente mas que acompanham o nosso blog) pela força e pelas palavras de incentivo. Vou aproveitar e fazer um balanço das coisas nesta primeira semana de trabalho.
O AMBIENTE:
Bom eu dei uma sorte do @#$%. O ambiente do escritório em que trabalho não podia ser melhor. Todo mundo é super agradável, estão sempre dispostos a ajudar, entendem que eu estou sendo treinada e que os primeiros meses são sempre difíceis. As pessoas saem para almoçar juntas, mas normalmente vão é dar uma caminhadinha na orla (o escritório fica na praia) e comem em frente aos seus computadores mesmo.
A CHEFE:
Mal comecei e a minha chefe já saiu de férias hehehe. Mas também dei muita sorte com ela. É uma pessoa super agradável, simpática e está me dando todo o apoio que eu preciso. Como ela queria alguém para treinar ela está vendo o meu passado jurídico com ótimos olhos, a gente consegue trocar figurinhas de igual pra igual sem ela se sentir ofendida ou nada deste tipo, acho que isto acontece graças a entrevista porque fui muito sincera falei o tipo de coisa que costumava trabalhar no Brasil e expliquei que não tinha nenhuma experiência Canadense. Então ela sabe exatamente o que ela pode esperar de mim.
OS HORÁRIOS:
Minha maior dificuldade até agora está sendo adaptar meus horários de trabalho ao ritmo canadense. Estava acostumada a trabalhar 8 horas por dia no Brasil, nunca imaginei que iria ter problemas para trabalhar SETE! Só eu mesmo pra fazer uma coisa destas... Quando chega as 16horas, horário que eu acabo, eu esqueço completamente e acabo saindo sempre atrasada. Sou louca mesmo, eu sei.
Para as pessoas que já trabalharam comigo e para os meus amigos mais próximos acho que isto não é muita surpresa porque sempre fui chamada de “caxias”, tenho uma dificuldade tremenda de levantar a bunda da cadeira se acho que ainda não acabei o que deveria ter feito naquele dia. Detesto ir pra casa com aquela sensação de que amanhã terei que chegar e acabar o que comecei ontem... Eu não descanso direito. Resumindo: LOUCA!
DOIS EMPREGOS:
Resolvi continuar no cinema, uma porque gosto e outra porque sempre fui ligada no 220W e não acho que o dia fica tão grande assim, até porque no cinema não trabalho todos os dias. O trabalho do cinema é ótimo, pelo menos eu estou gostando muito, te ensina a ter humildade, a respeitar as pessoas e, ainda, te dá direito a filmes grátis.
Nesta primeira semana foi meio complicado eu trabalhei uma média de 11 horas por dia, não deu tempo de preparar almoço nem passar um tempinho de qualidade com o eu maridinho lindo. Mas quando a gente resolveu se mudar pra cá eu disse pra mim mesma e para quem quisesse ouvir que faria o que fosse preciso, e acho que agora é a hora de mandar ver! Mas que ontem eu não estava prestando pra nada eu não ‘tava mesmo.
A LÍNGUA:
Digitar em Inglês pra mim é o cão!!! Quando eu tenho que copiar alguma coisa vai tudo bem, mas escrever um e-mail ou alguma coisa que a minha chefe está me ditando é um suplício!
Ontem como eu estava muito cansada, aconteceu uma coisa que ainda não tinha acontecido, me faltaram palavras. Descobri que o meu cérebro trabalha a princípio em Português e que quando ele está capengando pra fazer ele pegar em Inglês... Só no tranco. As vezes fico com medo de atender o telefone, porque começo a gaguejar hehehe. Acho que com o tempo as coisas vão melhorar.
INSIGHTS:
Gostaria de dividir com vocês algumas coisinhas que aprendi desde que comecei a trabalhar, na verdade este é mais um lembrete pra alguns conterrâneos que encontrei pelo cinema, alguns estudantes brasileiros que me deixaram bem triste com a nossa educação:
1. Todo mundo aqui em Vancouver tem um passado, a pessoa que está limpando as mesas lá no cinema pode ser um engenheiro de projetos, um profissional da informática ou um estudante universitário que está ganhando uma graninha extra;
2. Todo mundo merece respeito, o Brasil não é um país de castas como a Índia, mas fico impressionada com a quantidade de brasileiros que olham os outros de cima para baixo;
3. Para a minha amiga Ane: por favor não deixe as coisas sobre a mesa pra gerar empregos, é pura ilusão, a única coisa que acontece é que além das outras coisas que as pessoas já tem que fazer ainda precisam ficar servindo de babá juntando a bagunça alheia (hehehe);
4. Pessoas com deficiência física ou mental podem ser aproveitadas em tarefas simples, é maravilhosa a oportunidade que estou tendo de conviver com pessoas tão diferentes inclusive portadoras de deficiência. Mais uma vez, respeito é a única coisa que se pode oferecer, não adianta tratar ninguém como “coitadinho”, ainda que a pessoa tenha alguma deficiência normalmente ela só quer ser respeitada;
5. Especial para mulheres: se todo mundo sentar a bunda na privada não vai haver transmissão de doenças, o que a tua mãe falou é loucura! (hehehe) O problema é quando ninguém senta que faz aquela sujeirada no banheiro todo, aquilo sim é perigoso!
6. Canadenses se abraçam!
7. A idéia que muitas pessoas tem de que devemos tenta nos misturar o máximo possível com os locais, ou seja, evitar ficar entre brasileiro, não é a melhor solução (digo isto porque eu pensava assim para melhorar o Inglês principalmente). No “exílio” a gente sente falta de casa, uma palavra amiga na própria língua pode fazer toda a diferença em um dia de “deprê”. Outras pessoas passaram e passam pelo mesmo que tu, procure amigos, dê a mão.
8. A pressão para encontrar emprego vinda “d'além mar” pesa, ainda que com a melhor das intenções sempre vem uma pressão das pessoas que ficaram na terrinha, isto pesa, tem dias que chega quase a sufocar. Para os que estão aqui: vai passar, é só preocupação dos que nos amam, procure amigos que estejam passando pelas mesmas coisas aqui e converse a respeito, vai fazer bem. Para os que ficaram na terrinha amada: no geral quem está aqui nesta situação já está preocupado e procurando emprego, ficar lembrando o tempo todo que continuamos desempregados não ajuda em nada, eu sei que é preocupação e amor, mas pesa.
9. E última: esta é a minha experiência, a de cada um é diferente. Tenho certeza que quando o Gleydin ler este post vai ter um monte de coisas pra discordar ou concordar, quero dizer, a experiência de cada um é única e rica, ler blogs é ótimo mas não entenda o que você lê aqui ou em qualquer outro como verdade absoluta, isto é apenas um reflexo de como eu percebo o mundo baseado na minha experiência pessoal.
HOMENAGEM:
Quero usar este espaço para fazer um agradecimento especial a duas pessoas muito importantes na minha vida: MEUS PAIS!
Gostaria de agradecer a vocês por todas as vezes que me ensinaram integridade. Por todas as noites em que me levaram pra dormir ao lado da cama de vocês porque estava com medo ou doente. Por me ensinarem os valores da vida. Por me proporcionarem a educação que me permitiu chegar até aqui e que vai me permitir ir mais longe. Por me amarem incondicionalmente. Por me apoiarem quando achavam que estava certa e por me dizerem não quando acreditavam ser errada. Por me ensinarem que todo mundo é digno de respeito.
Quero agradecer a minha mãe especialmente por me ensinar a rir da vida, a me divertir com os meus erros e a acreditar no próximo. E ao meu pai por me ensinar a assumir meus erros e responsabilidades e que as pessoas erram mas que nem por isto são simplesmente más.
Obrigada pelo amor de vocês. A saudade as vezes aperta, mas eu sei assim como vocês sabem que estamos sempre ligados de uma maneira ou de outra. Amo muito vocês!
Esta semana eu estou fazendo um post pra contar as aventuras de uma brasileira no mercado de trabalho canadense. Como todos ficaram sabendo dos posts anteriores, depois de mais de três meses de espera e procura, muitas desilusões, alguns banhos de água fria eu finalmente consegui um emprego na minha área.
Agora faz uma semana que comecei, estou super feliz e agradeço a todos os amigos (inclusive os que ainda não tivemos o prazer de nos conhecer pessoalmente mas que acompanham o nosso blog) pela força e pelas palavras de incentivo. Vou aproveitar e fazer um balanço das coisas nesta primeira semana de trabalho.
O AMBIENTE:
Bom eu dei uma sorte do @#$%. O ambiente do escritório em que trabalho não podia ser melhor. Todo mundo é super agradável, estão sempre dispostos a ajudar, entendem que eu estou sendo treinada e que os primeiros meses são sempre difíceis. As pessoas saem para almoçar juntas, mas normalmente vão é dar uma caminhadinha na orla (o escritório fica na praia) e comem em frente aos seus computadores mesmo.
A CHEFE:
Mal comecei e a minha chefe já saiu de férias hehehe. Mas também dei muita sorte com ela. É uma pessoa super agradável, simpática e está me dando todo o apoio que eu preciso. Como ela queria alguém para treinar ela está vendo o meu passado jurídico com ótimos olhos, a gente consegue trocar figurinhas de igual pra igual sem ela se sentir ofendida ou nada deste tipo, acho que isto acontece graças a entrevista porque fui muito sincera falei o tipo de coisa que costumava trabalhar no Brasil e expliquei que não tinha nenhuma experiência Canadense. Então ela sabe exatamente o que ela pode esperar de mim.
OS HORÁRIOS:
Minha maior dificuldade até agora está sendo adaptar meus horários de trabalho ao ritmo canadense. Estava acostumada a trabalhar 8 horas por dia no Brasil, nunca imaginei que iria ter problemas para trabalhar SETE! Só eu mesmo pra fazer uma coisa destas... Quando chega as 16horas, horário que eu acabo, eu esqueço completamente e acabo saindo sempre atrasada. Sou louca mesmo, eu sei.
Para as pessoas que já trabalharam comigo e para os meus amigos mais próximos acho que isto não é muita surpresa porque sempre fui chamada de “caxias”, tenho uma dificuldade tremenda de levantar a bunda da cadeira se acho que ainda não acabei o que deveria ter feito naquele dia. Detesto ir pra casa com aquela sensação de que amanhã terei que chegar e acabar o que comecei ontem... Eu não descanso direito. Resumindo: LOUCA!
DOIS EMPREGOS:
Resolvi continuar no cinema, uma porque gosto e outra porque sempre fui ligada no 220W e não acho que o dia fica tão grande assim, até porque no cinema não trabalho todos os dias. O trabalho do cinema é ótimo, pelo menos eu estou gostando muito, te ensina a ter humildade, a respeitar as pessoas e, ainda, te dá direito a filmes grátis.
Nesta primeira semana foi meio complicado eu trabalhei uma média de 11 horas por dia, não deu tempo de preparar almoço nem passar um tempinho de qualidade com o eu maridinho lindo. Mas quando a gente resolveu se mudar pra cá eu disse pra mim mesma e para quem quisesse ouvir que faria o que fosse preciso, e acho que agora é a hora de mandar ver! Mas que ontem eu não estava prestando pra nada eu não ‘tava mesmo.
A LÍNGUA:
Digitar em Inglês pra mim é o cão!!! Quando eu tenho que copiar alguma coisa vai tudo bem, mas escrever um e-mail ou alguma coisa que a minha chefe está me ditando é um suplício!
Ontem como eu estava muito cansada, aconteceu uma coisa que ainda não tinha acontecido, me faltaram palavras. Descobri que o meu cérebro trabalha a princípio em Português e que quando ele está capengando pra fazer ele pegar em Inglês... Só no tranco. As vezes fico com medo de atender o telefone, porque começo a gaguejar hehehe. Acho que com o tempo as coisas vão melhorar.
INSIGHTS:
Gostaria de dividir com vocês algumas coisinhas que aprendi desde que comecei a trabalhar, na verdade este é mais um lembrete pra alguns conterrâneos que encontrei pelo cinema, alguns estudantes brasileiros que me deixaram bem triste com a nossa educação:
1. Todo mundo aqui em Vancouver tem um passado, a pessoa que está limpando as mesas lá no cinema pode ser um engenheiro de projetos, um profissional da informática ou um estudante universitário que está ganhando uma graninha extra;
2. Todo mundo merece respeito, o Brasil não é um país de castas como a Índia, mas fico impressionada com a quantidade de brasileiros que olham os outros de cima para baixo;
3. Para a minha amiga Ane: por favor não deixe as coisas sobre a mesa pra gerar empregos, é pura ilusão, a única coisa que acontece é que além das outras coisas que as pessoas já tem que fazer ainda precisam ficar servindo de babá juntando a bagunça alheia (hehehe);
4. Pessoas com deficiência física ou mental podem ser aproveitadas em tarefas simples, é maravilhosa a oportunidade que estou tendo de conviver com pessoas tão diferentes inclusive portadoras de deficiência. Mais uma vez, respeito é a única coisa que se pode oferecer, não adianta tratar ninguém como “coitadinho”, ainda que a pessoa tenha alguma deficiência normalmente ela só quer ser respeitada;
5. Especial para mulheres: se todo mundo sentar a bunda na privada não vai haver transmissão de doenças, o que a tua mãe falou é loucura! (hehehe) O problema é quando ninguém senta que faz aquela sujeirada no banheiro todo, aquilo sim é perigoso!
6. Canadenses se abraçam!
7. A idéia que muitas pessoas tem de que devemos tenta nos misturar o máximo possível com os locais, ou seja, evitar ficar entre brasileiro, não é a melhor solução (digo isto porque eu pensava assim para melhorar o Inglês principalmente). No “exílio” a gente sente falta de casa, uma palavra amiga na própria língua pode fazer toda a diferença em um dia de “deprê”. Outras pessoas passaram e passam pelo mesmo que tu, procure amigos, dê a mão.
8. A pressão para encontrar emprego vinda “d'além mar” pesa, ainda que com a melhor das intenções sempre vem uma pressão das pessoas que ficaram na terrinha, isto pesa, tem dias que chega quase a sufocar. Para os que estão aqui: vai passar, é só preocupação dos que nos amam, procure amigos que estejam passando pelas mesmas coisas aqui e converse a respeito, vai fazer bem. Para os que ficaram na terrinha amada: no geral quem está aqui nesta situação já está preocupado e procurando emprego, ficar lembrando o tempo todo que continuamos desempregados não ajuda em nada, eu sei que é preocupação e amor, mas pesa.
9. E última: esta é a minha experiência, a de cada um é diferente. Tenho certeza que quando o Gleydin ler este post vai ter um monte de coisas pra discordar ou concordar, quero dizer, a experiência de cada um é única e rica, ler blogs é ótimo mas não entenda o que você lê aqui ou em qualquer outro como verdade absoluta, isto é apenas um reflexo de como eu percebo o mundo baseado na minha experiência pessoal.
HOMENAGEM:
Quero usar este espaço para fazer um agradecimento especial a duas pessoas muito importantes na minha vida: MEUS PAIS!
Gostaria de agradecer a vocês por todas as vezes que me ensinaram integridade. Por todas as noites em que me levaram pra dormir ao lado da cama de vocês porque estava com medo ou doente. Por me ensinarem os valores da vida. Por me proporcionarem a educação que me permitiu chegar até aqui e que vai me permitir ir mais longe. Por me amarem incondicionalmente. Por me apoiarem quando achavam que estava certa e por me dizerem não quando acreditavam ser errada. Por me ensinarem que todo mundo é digno de respeito.
Quero agradecer a minha mãe especialmente por me ensinar a rir da vida, a me divertir com os meus erros e a acreditar no próximo. E ao meu pai por me ensinar a assumir meus erros e responsabilidades e que as pessoas erram mas que nem por isto são simplesmente más.
Obrigada pelo amor de vocês. A saudade as vezes aperta, mas eu sei assim como vocês sabem que estamos sempre ligados de uma maneira ou de outra. Amo muito vocês!
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