quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O que eu fazia lá no Porto...

Todos sempre vinham com aquela famosa pergunta quando dizia que estava trabalhando no Porto de Vancouver: "e o que você faz lá?!?" O que eu FAZIA na verdade, porque era trabalho de temporada; agora que o Verão acabou, acabou também o trabalho. Mas pra registro, vamos lá:

O trampo era em uma empresa de cruzeiros chamada Princess Cruises. Sabem aqueles navios monstro que de vez em quando aparecem na TV? O Porto de Vancouver tem um ancoradouro pra 3 deles de uma vez. A Princess Cruises não é a única empresa que faz isso por lá, diga-se de passagem. Os dias dos cruzeiros deles eram Sábado, Segunda-Feira e Quarta-Feira. Às vezes não tinha às Quartas.

O navio então chegava pelas manhãs, geralmente às 07:00 (f**a porque tinha que acordar às 05:00), e todos os passageiros eram então classificados por ordem de prioridade de desembarque. Prioridade essa baseada nos horários dos vôos. Os vermelhos, por exemplo, tinham vôos antes das 11:00 e desembarcavam inclusive sem a bagagem. Só iriam encontrar com ela direto no aeroporto. Nisso tinha gente que ia pra hotel, pra Seattle direto de ônibus, etc.

Fechada essa ordenação, vários ônibus eram designados pra colocar toda essa gente - em dia de navio grande eram aproximadamente 3.000 pessoas!!! O povo saindo (contrariado) nas plataformas e a gente direcionando eles pros ônibus ou táxis.

Mas o que eu fazia mesmo? Não escrevi até agora, né? Rerererere... Tive mais ou menos umas 6 funções: contagem dos passageiros, ajudar a carregar as malas nos ônibus ("AS" malas, não "OS" :-) ), conferir os nomes dos passageiros nos manifestos, ajudar os caras a encontrar as bagagens na sala de desembarque, controlar as filas gigantescas e coordenar a saída dos táxis.

Isso foi pela manhã, que acabava por volta das 10:30 em dia de navio grande e por volta das 9:45 em quando era o pequenininho.

Feito um intervalo pro lanche, segundo turno, que correspondia a colocar outro pessoal no navio. Aí era um pouco mais sossegado, porque não tinha que conferir nada em ônibus. Só tinha que esperar a galera embarcar.

Mas é claro que não era tão simples assim. Na alta temporada, os cruzeiros vão sempre pro Alasca. Era complicado dizer pros passageiros que eles estavam saindo do Canadá pra entrar nos EUA, então todo mundo achava que a aduana na verdade era o check-in do cruzeiro. Explico: quando é uma viagem de avião, primeiro se faz o check-in no guichê da companhia aérea e depois passa-se pela alfândega no aeroporto. No porto aqui é o contrário e isso bagunça a cabeça do povo! Rerererere...

Minhas funções: fazer o check-in dos passageiros e outras vezes coordenar a fila da aduana; é que tínhamos que separar os estadunidenses e canadenses das outras nacionalidades, que precisavam preencher uma fichinha de entrada. Coisa simples, mas é incrível o que podia acontecer em horários de pico naquela fila... Enfim, lá pelas 16:00 já se tinha coisa de 99% do pessoal dentro do navio e ficávamos até as 16:30 esperando os retardatários. 16:30 porque aí recolhiam as amarras e já era!

Como a Sílvia disse no post dela sobre o trabalho no cinema, foi um grande aprendizado. Tem gente de tudo quanto é idade e formação: estudante fazendo um qualquer pra faculdade ou pro colégio, gente que tem outros 2 trabalhos complementando a renda, gente se divertindo mesmo, pessoas de mais idade fugindo daquele paradão da aposentadoria,... Um outro fator bacana é que a gente sempre dá muita risada e isso valeu muito a pena. Muita gente divertida e que gosta de festa! E como gostam!!! Rerererere...

A despedida foi com vinho espumante e bolo. Aquele troço subiu com uma velocidade impressionante e fiquei bêbado como não ficava desde o dia das 6 cervejas e das 3 tequilas (2002). No outro dia amanheci com a barriga doendo de tanto rir. Afff... Muito bom! Valeu mesmo a experiência e acho que volto no ano que vem, nem que seja pra trabalhar somente no fim de semana.

Abraços!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Notícias, informações, ocorrências e eventualidades

Oi! Daqui a pouco vai ficar complicado achar mais sinônimos pro título do post, se ficar nessa. Rerererere... Vou mandar mais algumas no estilo dos anteriores:

- não gente... Ainda não... :-)

- falando lá da filmagem que acabou na outra semana, um fato positivo é que todos têm uma boa lembrança do Brasil devido ao filme "Cidade De Deus". "Awesome!!!" é a palavra que escuto sempre a respeito. E entre os profissionais da área, aceito sim como um elogio. Aí, é claro, vem sempre a pergunta depois: "mas no Brasil as coisas são daquele jeito mesmo?!?"

- ainda naquele assunto dos últimos tempos, fui a várias consultorias nas últimas semanas fazer uma triagem com o povo do RH. Aqui eles assumem claramente o papel de meros atravessadores, não tem meia conversa. Agências de emprego mesmo. Diferente de algumas na nossa terrinha, que ficam pagando de paternalistas, cheias de "benefícios" para o consultor. Não são todas, viu! Que fique claro, antes que eu seja malhado. Rererererere...

- estamos espantados aqui com o preço do sabonete. 3 barras de um "marromeno" não saem por menos de C$ 3.50!!! Vai ver é até por isso que... Deixa pra lá! :-)

- cena chocante que já presenciamos um par de vezes aqui são algumas pessoas com a fobia de serem tocadas... Credo!!! Uma das vezes que eu vi isso foi em um trem lotado; a senhora parecia um bicho acuado, que coisa triste. A fobia atende por um nome ainda mais estranho - hafefobia.

- as instituições bancárias aqui não têm os supostos "avanços" que temos no Brasil; caderneta de poupança, por exemplo, funciona que nem quando a Caixa Econômica fazia propaganda: não se esqueça da data da sua poupança! Não 'tô dizendo que é vantagem, nem desvantagem; aliás, até acho que temos todas essas "benesses" no sistema bancário brasileiro pra "facilitar" uma série de "operações". Putz! Quanta aspa! Rererere... Não é à toa que toda semana os caras anunciam lucros recordes de zilhões de reais. Pois é...

- falando em Brasil, política e tals, continuamos na mesma, né? Que maravilha aquele congresso nacional (em minúsculas mesmo)... 'Tava até falando com a Sílvia um dia desses e divagando porque é que os políticos não tem carisma nenhum atualmente; fico vendo a veneração a algumas figuras tipo Winston Churchill, Juscelino Kubitschek, Abraham Lincoln, Lester Pearson (daqui) e me pergunto: será que tudo caiu mesmo no valão ou nos tempos idos esse tipo de lama não vinha à tona? Acho que nunca vou saber. Rerererere...

- uma coisa que ainda não me acostumei direito nessa terra é beber água da pia... Sempre vou com meu copo do Batman lá e penso que "aquilo é água da pia". Pra quem é local, não faz nenhuma diferença. Inclusive algumas das águas vendidas em garrafa plástica vem com a frase no rótulo: "água da pia tratada"! Ai, ai... Água mineral aqui só importada.

- meu Deus!!! Chocante o porão de uma casa que o pessoal do filme arrumou pra fazer umas cenas de tortura... Era pra ser bem macabro mesmo, escuro e cheio de teia de aranha, aquelas coisas de filme de suspense/terror. Mas o que me deixou de orelha em pé mesmo foi a quantidade de cacareco que tinha no lugar... NOSSA!!! Perto daquilo lá, eu nunca juntei nadinha!!! Tinha umas 2 geladeiras, máquina de lavar, secar, fogão, lâmpada velha, peças e mais peças de computador, sofá, almofada, mesas e cadeiras de toda sorte... Isso tudo acompanhando uma camada de poeira de 1/2 centímetro. Afff... Detalhe que já vimos essa "juntação" de lixo também fora das casas, em frente das garagens. Não vou fazer isso nunca, prometo!

- além de todas as coisas boas que não me canso de falar da nossa nova terrinha, outra que tem me deixado babando é o atendimento ao público. Sempre tenho uma boa surpresa nas lojas, restaurantes e bares que resolvo entrar. Que primor, que atenção! A concorrência é gigantesca, sem dúvida, e os caras não estão pra brincadeira. Estão ali pra facilitar tudo o que puderem pra você. Nota 10!!!

- mais de cinema, acabou também meu outro voluntariado no Festival Latino Americano. Consegui ver 2 dos 3 filmes brasileiros: "Os 12 Trabalhos" foi bacaninha (6/10), nada especial... Achei que exageraram nas cenas que o protagonista está sobre a moto; já "O Cheiro Do Ralo" foi nota 10/10! Rererererere... Só de o filme ser com o Selton Melo é sinônimo de sucesso. O cara é muito bom! A história é absurdamente hilária, mas com um humor bem negro. Esse eu recomendo. Agora com o Vancouver International Film Festival (VIFF) vamos ter mais 4 filmes brasileiros - ou quase. Quase porque uns são co-produções.

- observando os hábitos culinários de diversas culturas presentes, acho que no fim das contas somos só nós brasileiros mesmo que não gostamos tanto assim de pimenta e afins; se bem que alguns lugares do Brasil como a Bahia e interior de Minas Gerais tem gente que se mata por uma pimentinha bode. Sei lá... Deve ser só eu mesmo, pelo visto.

- estava eu no Porto um dia desses no controle da fila da imigração e trombei com um casal cujos passaportes eram de Malta! Malta!!! Agora só preciso ver de Liechtenstein, Luxemburgo, Mônaco e San Marino! Rerererere...

- fim de semana que passou fomos até a Vancouver Art Gallery pra dar uma olhada na exposição "De Monet A Dalí". Sem palavras, viu... Você estar ali, cara a cara com verdadeiros divisores de águas de tendências artísticas é um troço que dá um friozão na barriga!!! Tinha (claro!!!) Monet, Manet, Cezanne, Rodin, Courbet, Delacroix, Gauguin, Van Gogh, Matisse, Picasso, Dalí, ... Eu fico só imaginando o que não deve ter em museus como o Louvre, o Metropolitan e o Hermitage... Ainda chego lá!

- finanças de novo: se a gente quase já não usava papel-moeda no Brasil, aqui então isso é um item quase desnecessário; tudo, tudo mesmo pode ser feito via cartão de crédito! Até pagamento de serviço de repartição pública! É sério!!! Din-din mesmo só em casos muito especiais, como por exemplo, quando você vai botar uma carta no correio e fica com vergonha de passar C$ 0.70 no cartão! Rererererere... Fora isso, é bom mesmo tomar cuidado com a "navalha", como diria o Cazuza.

Desculpem a demora por "velhidades". Prometo outro post com foto. Abraço!

domingo, 9 de setembro de 2007

Vida fácil aos saqueadores...

Oi pessoal,

Andei meio sumida, mas estou de volta!!! Hoje vai ser um post bem curtinho só pra contar pra vocês uma curiosidade (vou dar uma de Gleydin).

Sexta-feira vi meu primeiro crime, não cinematográfico, aqui em Vancouver. Por favor, não pensem que estou querendo vender a idéia da imigrante deslumbrada que acha que não existe crime na cidade pra qual se mudou, não é isto. Só achei interessante como as coisas funcionam aqui. Se existissem muitos marginais acho que a vida deles seria mais fácil, já explico.

Sexta-feira, 07 de setembro de 2007, 18h50min. Estava eu bem sentada em uma filial do 'Starbucks' na esquina da Hornby com a Dunsmuir esperando a minha mentora para mais um encontro mensal (acho que já falei sobre este programa, se não fica pra outro post).

Um jovem senhor, na faixa de seus 45/50 anos, adentra o recinto carregando uma sacola plástica. Ele vai até o refrigerador que é aberto e virado para o público, olha os sanduíches, pega um, pega outro, coloca um iogurte na sacola, examina outro sanduba, ensacola mais um iogurte, faz mais um barulhinho, vira as costas e caminha em direção à porta. Até aí nada demais, não é mesmo?

O que me intrigou é como as pessoas reagem a esta série de eventos, vamos aos fatos:

1. O refrigerador fica aberto, fora do campo de visão das atendentes e virado para o público;

2. Não existe nenhum tipo de sistema segurança, nada de câmeras, homem gigante e com cara feia na porta, atendentes que ficam observando tudo (isto só acontece em loja de chineses);

3. Depois que ele saiu carregando os iogurtes (de $4,50 CAD cada um), eu fui até o balcão e falei com as atendentes, elas me responderam "Ah então foi isto que ele pegou! Achei que ele tivesse pego um sanduíche." Ela então registrou sem nenhum tipo de pânico ou indignação o prejuízo e foi isto.

3.a) Não entrou em pânico porque o patrão iria descontar $9 do seu salário de $8 a hora;

3.b) O patrão não vai descontar(!!!);

3.c) Não fez a menor menção de passar a prestar mais atenção aos próximos clientes;

3.d) Eu fiquei mais indignada do que elas!!!


Ainda fico impressionada com a postura das pessoas frente certos acontecimentos por aqui. Muitos podem estar achando que estou exagerando, mas sou casada com filho de dono de bar. Sei bem que qualquer pessoa que entre no recinto é vigiado por um dos funcionários. Todas as geladeiras ficam viradas para o caixa (onde fica meu sogro) e dentro do seu campo de visão. Se alguém faz menção de não pagar um cigarro picado é enxotado e se tiver bom senso não bota mais os pés no buteco.

Vou nesta então, já falei demais.
Beijos a todos.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Acontecimentos, passagens, factóides e causos

Não, não é o mesmo post... Só vou continuar com as mais ou menos "rapidinhas". ;-)

- Uma das coisas boas (dentre tantas) que vêm acontecendo comigo, é que voltei a estacionar no meu chamado peso ideal. Não estava tão "finão" assim desde 1997-98. UAU! Acho que a bateria de exercícios no Porto e no set estão ajudando bastante.

- Já contei pra vocês que sou órfão da biblioteca? Pois é... Os servidores municipais de Vancouver estão de greve já vai pra mais de mês e nada de DVD e livro novo... Logo agora que a gente se mudou pro centro! Hehehehehe... Detalhe que também não estão recolhendo o lixo e em alguns lugares já é notória a presença de alguns seres das profundezas do Canadá.

- Acho que também já falamos que não temos TV em casa, né? Olha, sinceramente, não faz falta - até agora. Compensando por outro lado, temos nosso computador e o YouTube... Eita trocinho que vicia esse! Acho que vi todos os clipes possíveis e imagináveis de todas as bandas que gostaria de ter visto nas épocas em que a MTV ainda tinha programa de música. Como diz um amigo meu, Berte (oi Berte!!!), "hoje em dia é só gincana"... Lamentável!

- Voltando a falar no set de filmagem, uma das grandes vantagens de estar lá voluntariando é que a mãe da produtora é que faz a comida... Ahhh... Que delícia! Comida de mãe é outra história, fala a verdade. Se a D. Izaura (oi mãe!!!) faz arroz branco puro eu não preciso de mais nada. Saudades...

- Um outro fator curioso aqui é que tudo quanto é lugar é construído da seguinte maneira: erguem-se pilares de concreto, com uma estrutura metálica como vemos comumente no Brasil, só que o "recheio" é pura madeira! TUDO! Até por isso que quando vemos aqueles noticiários de incêndios (vide Califórnia), as casas são reduzidas a pó em poucos segundos. Talvez seja mais barato até ecologicamente falando, dada a poluição acima do normal das indústrias de cimento, e acho também que a madeira ajuda a conservar a temperatura. Será de onde é que vem tanta madeira?!?

- Outra coisa com relação ao Porto de Vancouver é que estou pisando constantemente em solo dos EUA. Isso mesmo! Onde existir uma aduana canadense, vai ter uma dos EUA logo do lado. Reza a lenda que é pra facilitar o fluxo gigantesco de passageiros... Quando vi isso no aeroporto de Vancouver fiquei no mínimo chocado. Imaginem só vocês: digamos que em Porto Alegre, dado o grande movimento de argentinos, o Brasil resolva ceder um pedaço de território dentro do aeroporto pra facilitar a vida de "nuestros hermanos". É bizarro ou não é? Portanto não se assustem quando vierem pra essas bandas com tal "facilidade".

- Uma má notícia: minha amada e utilizada câmera acaba de estragar o zoom e o obturador... BUÁÁÁÁÁÁÁÁ!!! Nisso, todo o controle de luz também foi pro brejo. Vou ver qual o tamanho do prejuízo e depois eu conto pra vocês.

- A abertura do Vancouver Latin American Film Festival foi um sucesso ontem! Todos os ingressos vendidos e tivemos a presença do cônsul do México e da atriz principal "de la película". Bati um monte de fotos, mas com a câmera zoada como está, fiquei dependendo 100% do flash e não aproveitei muita coisa. :-( Aproveitei sim só o coquetel com umas iguarias mexicanas.

- Essa os paulistanos vão adorar: o trânsito de Vancouver é tão educado quanto o da nossa querida São Paulo! Se você liga a seta, certamente o outro motorista vai deixar uma passagem pra você. Sempre tem os estressadinhos, normal. O que tem de carro na rua também não 'tá no gibi!!! Dadas as devidas proporções, acho que é comparado sim a São Paulo. Certamente o tráfego TEM QUE ser mais organizado, caso contrário seria uma put**ia só.

- Outro detalhe é aqui na Colúmbia Britânica é permitido virar à direita/esquerda até no sinal vermelho se o motorista constatar que é possível. Alguns lugares têm até faixa exclusiva que facilita isso.

Sem mais abobrinhas e sem fotos (de novo), um grande abraço!

domingo, 2 de setembro de 2007

Causos, passagens, factóides e acontecimentos

Amados leitores: vou sintetizar uma série de coisas que estamos vivenciando por essas bandas e por outras também.

- Dia desses fiquei um pouco chocado ao ver uma mãe conduzindo seu filho em uma espécie de coleira... Já viram algo assim?!? Será que o moleque era muito capeta ou era só pra ele não se descolar mesmo? Que 'tava bem fora do curso isso 'tava.

- No mesmo dia flagrei um reboque agindo no centro da cidade; sem sacanagem nenhuma: acho que entre o cara identificar o carro infrator, se posicionar e levar o carro embora, foram aproximadamente 5 segundos! Eu e outros transeuntes ficamos pasmos ao ver como o troço funciona. Uns até bateram palmas!!! O caminhãozinho - parecido com uma F4000 - pára mais ou menos a 45 graus e 1,5 metro do alvo; nisso desce um braço meio robótico em forma de "T" e entra debaixo do eixo dianteiro do carro... Voilà!!! Mais um pra garagem. É de cair o queixo, podem acreditar.

- Finalmente conseguimos nosso primeiro cartão de crédito canadense! Agora sim podemos começar a construir um histórico de crédito com mais propriedade.

- Convivendo mais no meio dos locais agora, vejo como o pessoal aqui não tem aquele famoso "jogo de cintura". Não 'tô falando do "jeitinho", porque esse tal desse "jeitinho" é uma das coisas que não me cheira bem na nossa cultura. Mas, voltando à "falta de flexibilidade" (tucanando um pouco), se alguma coisa que estava com um mínimo de planejamento escapa, digamos, 0,5 mm do dito normal, já é motivo pr'aquela explosão de estresse... Não sei se faz parte do universo normal ou se é simplesmente a gente que não está acostumado.

- O uso da namorada do Peter Parker por aqui é outra coisa que chama muito a atenção... Uma hora a gente acostuma, mas você ver o cara fazer isso em uma praça, por volta das 13:00 onde tem um monte de gente almoçando e passando ao lado, inclusive os homens da lei, assusta um pouco no começo. Aliás, a produção dela aqui é uma das principais fontes de renda do estado. Hehehehehe... Aliás a namorada do Peter Parker pra quem não se lembra é a Mari Jane.

- O Verão 'tá indo embora e é notório o desgosto dos que estão aqui a mais tempo com a situação.

- Ainda com relação às estações, por estarmos bem afastados da região equatorial não temos sol a pino, nem no meio de Julho... Agora por exemplo, o Sol deve estar a aproximadamente uns 60 graus. O Sol estava se pondo no meio das montanhas e agora está bem mais a leste, diminuindo o arco.

- Voltando àquele assuntinho do emprego, parece que as coisas estão esquentando... Recebi ligações nessa semana e arrumei uma proposta pra ir para Victoria; parece ser muito boa a empresa e eles vão mexer com coisas novas, mas acabamos de chegar por aqui e a Sílvia acabou de se estabelecer... Male-male é mais fácil pra mim (não parece mais é) arrumar uma vaga por aqui. E outra que começar tudo de novo vai ser um porre, né?

- Fiquei sabendo essa semana que nosso blog ajudou uma pessoa a se informar a respeito da movimentação de Guarulhos com relação ao guichê da Air Canada. Operação Canadá também é cultura!!!

- O trabalho no Porto continua, amigos. Ontem mesmo tive a oportunidade de entrar no navio... Deus do céu!!! Aquele troço é realmente nababesco!!! Pra ter uma idéia do que falo, o elevador indica 14 andares... Não vou nem falar do luxo do troço. Só passageiros são aproximadamente 2.100 e tripulação, uns 700. Muita cidade que não tem essa população! Esse é o navio do sábado, que é o maior.

- As filmagens do curta estão correndo... Descobri que o mais essencial em um set de filmagem é a luz. Para configurar uma cena, 90% é responsabilidade da iluminação! Experiência muito legal, tenho que dizer pra vocês. Não faço muita coisa técnica por lá, ainda mais que não é a minha e tem uns novatos da área que precisam mostrar serviço. Fico a maioria do tempo observando, ajudando com as provisões e batendo fotos.

- Comecei a ler a terceira parte da saga do Arthur C. Clarke sobre as Odisséias no Espaço (são 4 no total). A primeira difere do filme em várias coisas, mas a principal é que no livro a nave vai para Saturno e no filme, pra Júpiter; mas a tensão em volta do HAL é até maior e explica-se MUITO BEM aquele monolito. Hehehehehe... Obras primas mesmo da ficção científica, tanto o filme quanto o livro. Meu próximo alvo são as obras de Philip K. Dick. Já li o "Minority Report". O cara tem uma imaginação infinita.

- Ao contrário do que todo mundo pensa, HAL não tem nada a ver com IBM... HAL é a sigla para "Heuristic ALgorithm". ;-)

- O Festival de Cinema Latino Americano de Vancouver (VLAFF) começa essa semana é fui escolhido como fotógrafo oficial! Quem sabe esse hobby não evolui pra algo mais profissional em breve... Falando nisso, tem 3 filmes brasileiros. Vou ver todos, espero.

Hoje não tem foto, só blá-blá-blá. :-) Abraços a todos!